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Taekwondo

14/05/2019 12h12

Taekwondo

Seleção brasileira estreia no Mundial de Taekwondo, em Manchester

Competição reúne na Inglaterra 975 atletas, de 150 países, com representantes brasileiros nas 16 categorias de peso

A partir desta quarta-feira (15.05) e até o próximo domingo (19.05), 16 atletas representam o Brasil no Campeonato Mundial de Taekwondo, em Manchester, na Inglaterra. A competição mais importante da temporada para a modalidade contará com a participação de 975 taekwondistas, de 150 países, para a disputa por importantes 120 pontos (ao campeão) no ranking mundial – apenas os Jogos Olímpicos distribuem uma pontuação maior na listagem internacional.

A equipe brasileira conta com nomes já conhecidos no universo olímpico. Maicon Andrade (acima de 87kg), por exemplo, foi medalhista de bronze nos Jogos Rio 2016. “É uma competição muito importante na corrida para os Jogos Olímpicos. A cabeça está muito boa, foco 100%. Aproveitamos para melhorar alguns pontos e estudamos os adversários. Agora é bater de frente com os melhores do mundo e mostrar a nossa força”, comentou o atleta, após o período de treinamento da delegação no Rio de Janeiro antes do embarque para Manchester, realizado na última sexta-feira (10.05).

#PraCegoVer: Fotografia mostra os atletas convocados para o Mundial de taekwondo.
Foto: CBTKD/Divulgação

Além de Maicon, outros dois integrantes do elenco também acumulam a experiência olímpica. Edival Pontes (até 68kg) foi campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014, em Pequim, e Sandy Macedo (até 57kg) foi bronze na edição juvenil dos Jogos de 2018, em Buenos Aires. Mesclando experiência e juventude, o time brasileiro tem a média de idade de 23 anos.

Outra referência de conquistas vem da própria coordenadora técnica e chefe de delegação em Manchester, a ex-atleta Natália Falavigna, dona de quatro medalhas em mundiais (um ouro e três bronzes) e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. “O Mundial é o torneio mais difícil do taekwondo e, para todos que querem seguir na corrida olímpica, é um torneio muito importante. Para a confederação é a oportunidade de identificar as qualidades de nossos atletas, pontos fortes e pontos fracos, buscando a evolução”, definiu.

Ao todo, o Brasil tem no histórico 14 medalhas em mundiais (um ouro, quatro pratas e nove bronzes), mas ficou de fora do pódio na última edição, em 2017. As conquistas mais recentes foram os bronzes de Iris Tang Sing e Venilton Teixeira, em Chelyabinsk, na Rússia, em 2015.

Caçula da equipe com 18 anos, Sandy demonstra confiança e otimismo na meta de buscar uma medalha na competição. “É uma felicidade imensa estar no meu primeiro ano de seleção, estrear como titular e poder representar meu país no Mundial. Vou dar o meu melhor, incomodar mesmo e, se Deus quiser, trazer uma medalha para o nosso país”, comentou, após o período de treinos e ajustes no Rio de Janeiro, em que contaram com preparação física, acompanhamento biomecânico e simulação de competições.

“Temos uma excelente equipe técnica. Os treinamentos de campo já têm um padrão e temos dado feedback para esses atletas nas áreas técnica, tática e física. E isso está se refletindo nos resultados internacionais que estamos tendo”, analisou Natália Falavigna. Em 2018, os brasileiros conquistaram mais de 160 medalhas internacionais. “Em todas as competições a gente tem que buscar melhorar o resultado da edição anterior, acreditamos que esse é o processo natural de evolução”, completou.

Os combates terão início nesta quarta-feira, e logo na estreia o Brasil contará com Valéria Rodrigues, Paloma de Lima e Eduardo Baretta. Na quinta (16.05), será a vez de Gabriele Siqueira, Paulo Ricardo Melo e Edival Pontes. A sexta-feira (17.05) marcará a estreia de Sandy Macedo. Já Talisca Reis e Henrique Precioso encararão o Mundial pela quarta vez.

No sábado (18.05), será a vez dos também estreantes Nathalia Dinis, Milena Titoneli, João Victor Diniz e João Pedro Chaves. E no domingo (19), último dia da competição, o Brasil contará com Caroline Gomes, Ícaro Miguel e Maicon Andrade. As lutas preliminares têm início às 5h30 e as semifinais e finais serão a partir das 14h (horários de Brasília).

Investimentos

Dos 16 brasileiros convocados para o Mundial da Inglaterra, 13 são contemplados pelo programa Bolsa Atleta, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, em um investimento anual de R$ 563,4 mil. Ao todo, o taekwondo brasileiro conta com oito atletas beneficiados pela categoria Pódio, a mais alta do programa (R$ 660 mil anuais) – caso, por exemplo, de Edival Pontes e Maicon Andrade –, além de 232 nas demais categorias (R$ 2,8 milhões ao ano).

Seleção Brasileira no Mundial:

Até 46kg – Valéria Rodrigues Santos
Até 49kg – Talisca Reis
Até 53kg – Nathalia Dinis Lima
Até 57kg – Sandy Camila Macedo
Até 62kg – Caroline Gomes dos Santos
Até 67kg – Milena Titoneli Guimarães
Até 73kg – Paloma de Lima
Acima 73kg – Gabriele Siqueira

Até 54kg – Paulo Ricardo de Melo
Até 58kg – Eduardo Baretta
Até 63kg – João Victor Diniz
Até 68kg – Edival Marques Pontes
Até 74kg – Henrique Precioso
Até 80kg – João Pedro Chaves
Até 87kg – Ícaro Miguel Soares
Acima 87kg – Maicon de Andrade Siqueira

Histórico de medalhas do Brasil em Mundiais de taekwondo

Ouro: Natália Falavigna – Espanha (2005)
Prata: Alyson Yamaguti – Nova York (1993); Milton Iwana – Nova York (1993); Leonildes Santos – Manila (1995); Marcio Wenceslau – Madri (2005).
Bronze: Lucio Aurélio Freitas – Atenas (1991); Jorge Gonçalves – Manila (1995); Natália Falavigna – Jeju (2001); Natália Falavigna – Pequim (2007); Marcel Ferreira – Pequim (2007); Natália Falavigna – Copenhagen (2009); Guilherme Dias Alves – Puebla (2013); Venilton Teixeira – Chelyabinsk (2015); Iris Tang Sing – Chelyabinsk (2015).

 

Rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD)