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Boxe

15/10/2018 15h35

Buenos Aires 2018

Por W.O, Bolinha e Keno Machado garantem vaga nas semifinais do boxe

Nesta terça-feira (16.10), os brasileiros sobem ao ringue em busca de vaga na decisão do boxe

Os jovens Luiz Oliveira, o Bolinha, e Keno Machado estavam ansiosos por estrear nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, na Argentina. Cabeças de chave nas categorias 52kg e 75kg, eles não fizeram a primeira luta e avançaram na fase de classificação marcada para esta segunda-feira (15.10). A estreia foi adiada novamente. Os dois pugilistas não precisaram subir ao ringue para avançar direto para as semifinais. Os dois venceram por W.O. Único brasileiro que lutou no dia, Kauê Belini foi superado por Jakhongir Rakhmonov, do Uzbequistão.

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Foto: Pedro Ramos/Rededoesporte.gov.br

“A gente gostaria de ter lutado. Nunca é bom não lutar. As pessoas acham que não lutando e passando para a próxima fase é bom, mas na verdade não é. O outro atleta já estreou e já lutou e o nosso ainda não. Faz três dias que os atletas vêm controlando o peso. A gente achou que iria estrear no dia 14 e eles ficaram na cabeça de chave e não lutaram. Aí, viemos para o combate e não lutamos”, explicou o técnico Mateus Alves.

O torneio de boxe nos Jogos Olímpicos da Juventude conta com seis atletas divididos em duas chaves de três. O cabeça de chave tem só uma luta na fase de classificação. O vencedor do confronto entre os dois pugilistas que sobraram, enfrenta o cabeça de chave na briga pela semi.  

Na categoria até 52kg, Bolinha não teve a oportunidade de enfrentar Sultan Mohammad, do Afeganistão. O adversário não apareceu na pesagem e foi desclassificado. Nesta terça-feira (16), o brasileiro enfrenta o tailandês Sarawut Sukthet, a partir das 13h. O vencedor garante ao menos a medalha de prata. Quem perder, volta ao ringue para disputar a medalha de bronze.

Na outra luta do dia, Keno Machado também garantiu uma vaga na semifinal da categoria até 75kg por W.O. O italiano Naichel Millas, adversário na classificatória, foi desclassificado depois de fazer gestos obscenos para os juízes após a derrota para o tailandês Weerapon Jongjoho.

“O fator ansiedade é ruim nesse tipo de momento. O Bolinha veio para lutar e o adversário não apareceu. Tem toda uma preparação mental, controle de peso, foco. Não subir ao ringue altera toda uma programação nossa, mas faz parte e temos que se adaptar”, completou Mateus.

Derrota na categoria até 69kg

Kauê Belini foi o único brasileiro a subir ao ringue nesta segunda-feira (15). Ele fez uma luta boa contra Jakhongir Rakhmonov, do Uzbequistão, na categoria até 69kg, mas o adversário teve mais contundência nos golpes, que chamaram a atenção dos árbitros e garantiram a vitória.

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Kauê volta novamente ao ringue para lutar pelo quinto lugar. Foto: Pedro Ramos/Rededoesporte.gov.br

Na avaliação do técnico, o brasileiro foi superado pela falta de golpes claros. “O atleta do Uzbequistão já tinha nos vencido no Mundial. Taticamente, o brasileiro trabalhou bem, mas o adversário mostrou mais rapidez, físico e força. Isso fez diferença nos pontos mais nítidos. Kauê fez uma luta boa, tanto que um dos cinco árbitros deu a vitória para ele, mas realmente o adversário foi melhor”, analisou o técnico.

Kauê ainda luta uma vez em Buenos Aires. Ele enfrenta Falaniko Tauta, da Samoa Americana, pelo quinto lugar. “O Kauê vem enfrentando uma dificuldade de peso. Isso não é desculpa nenhuma, mas na fase juvenil o atleta tem o desenvolvimento físico muito rápido. O classificatório para os Jogos foi em maio. Nesse tempo, ele teve um desenvolvimento de altura e muscular grande e já vem sendo uma categoria complicada para ele atingir o peso”, revelou.

Breno Barros, de Buenos Aires, da Argentina – Rededoesporte.gov.br