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05/02/2015 14h09

Pista de atletismo da UFMA é entregue em cerimônia com ex-atletas

Estrutura integra a Rede Nacional de Treinamento, que prevê, para a modalidade, mais de 50 pistas distribuídas por todo o país

A Rede Nacional de Treinamento, um dos principais projetos de legado dos Jogos Olímpicos de 2016, ganhou mais um equipamento de ponta nesta quinta-feira (05.02), com a entrega oficial da pista de atletismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís. Participaram da solenidade o ministro do Esporte, George Hilton, o governador do estado, Flávio Dino, além de outras autoridades e ex-atletas, como os medalhistas olímpicos Robson Caetano, Claudinei Quirino, André Domingos da Silva e Edson Luciano.

Com oito raias, blocos de partida, espaços para saltos e lançamentos, a estrutura teve financiamento de R$ 6 milhões do Ministério do Esporte. A universidade cedeu o terreno e irá cuidar da manutenção e uso do espaço com a Confederação Brasileira de Atletismo(CBAt) e a Federação Atlética Maranhense.

“A lei determina que, para convênios federais, os estados entrem com contrapartida, que normalmente fica entre 5% e 10%. Agora acabou a época de nos contentar com o que é mais ou menos. Queremos o melhor. Por isso, vamos aumentar a contrapartida. Para cada real que o Ministério do Esporte colocar no Maranhão, nossa contrapartida será de 100%. Para cada atleta que o Governo Federal der bolsa, daremos uma bolsa estadual, para democratizar o acesso e o apoio a eles. Para cada quadra que o Governo Federal construir, construiremos uma. Vamos consolidar a política pública estadual de esporte”, afirmou Dino.

Para o ministro do Esporte, a pista de atletismo é estratégica para o desenvolvimento de novos talentos, para a educação dos jovens e para a regionalização do esporte. “É um prazer ver se realizar um sonho, que permitirá que os nossos atletas não precisem mais se deslocar para outras capitais ou países. Essa data mostra que somente com união e esforços das três esferas de governo conseguiremos estruturar um Sistema Nacional de Esporte”, disse Hilton.

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Foto: Paulino Menezes/Brasil2016.gov.br
Foto: Paulino Menezes/Brasil2016.gov.br#Para o ministro do Esporte, George Hilton, a pista é estratégica para a regionalização do esporte
Para o ministro do Esporte, George Hilton, a pista é estratégica para a regionalização do esporte

Mais de 50 pistas

A Rede Nacional de Treinamento interliga instalações de vários esportes, como o atletismo, que terá mais de 50 pistas espalhadas pelo Brasil, conforme destacou o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser.

“Estamos aqui porque o Brasil venceu a concorrência para sediar as Olimpíadas. O Brasil se preparou para esse momento e o encarou como oportunidade para desenvolver o esporte no país. Montamos um planejamento para termos esse legado, que não será somente no Rio, mas nacional”, ressaltou Leyser.

Os empreendimentos da Rede de Atletismo estão em diferentes estágios. Alguns foram entregues, outros estão com obras avançadas e os demais em fase de projetos. Apenas nas universidades federais ou estaduais, os recursos somam mais de R$ 160 milhões.

Referência e base

A pista da UFMA foi projetada para obter a certificação classe 2 da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAFF) e ganhou elogios dos ex-atletas. Para Claudinei Quirino, o equipamento será um diferencial para que atletas de alto rendimento continuem no estado.

“Aqui temos atletas que se destacam no cenário nacional e internacional, como o José Carlos Gomes, que chamamos de Codó, cidade natal dele, que tiveram que sair e procurar outros polos. Mas, geralmente o atleta não sai porque não tem treinador, mas porque não tem uma pista adequada, como a que ele vai correr nas principais competições do mundo”.

Segundo o ex-velocista, a manutenção dos ídolos em casa fará diferença para o estímulo aos atletas da base. “A criança vem e conhece o ídolo e começa a correr já com uma referência. Claro, nem todos serão campeões, mas o importante é que o jovem que estuda e pratica esporte se torna campeão como ser humano. Será uma pessoa melhor porque aprende a ganhar e a perder, a repartir, a trabalhar em equipe, a ter regras e limites”. 

A localização da pista de atletismo é vista como uma vantagem para o desenvolvimento da modalidade. Com técnicos, professores e laboratórios qualificados, os atletas receberão mais suporte para treinos e competições. Para Robson Caetano, os profissionais de educação física são a ponte entre a comunidade carente e o esporte.

“O importante é a gente desenvolver um projeto no curso de Educação Física, que possa dar aos futuros professores as condições de irem para as comunidades e desenvolverem um trabalho social. Eles são responsáveis por pinçar grandes talentos. A pista é muito importante, você ter os atletas de alto rendimento é importante, mas sem a base nada disso funciona. É preciso encontrar esses talentos, que estão aí”, afirmou.

Gabriel Fialho – Ministério do Esporte