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Futebol

01/07/2018 15h37

Copa 2018

Paciência russa supera domínio espanhol e anfitriões seguem para as quartas

Rússia elimina a favorita Espanha por 4 x 3 nos pênaltis, após empate em 1 x 1 no tempo normal e na prorrogação
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Jogadores russos correm para celebrar com o goleiro Akinfeev após a defesa que definiu a classificação. Foto: Getty Images
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Pezinho salvador do goleiro Akinfeev decretou a vitória da Rússia sobre a Espanha na disputa de pênaltis. Foto: Getty Images
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Festa russa na Fan Fest em Moscou. Dezenas de milhares de torcedores celebraram a classificação para as quartas de final. Foto: Getty Images
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Primeiro gol do jogo saiu logo aos 12 minutos, e foi marcado contra, pelo zagueiro Sergey Ignashevich, numa confusão na área com Sérgio Ramos. Foto: Getty Images
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Empate da Rússia veio de pênalti, dos pés do atacante Dzyuba. Foto: Getty Images
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Autor do gol do título da Espanha na Copa do Mundo de 2010, Iniesta anunciou sua aposentadoria da seleção espanhola. Foto: Getty Images
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Copa do Mundo da Fifa Rússia 2018

Contestados no início da Copa, os anfitriões do Mundial mostraram, neste domingo (01.07), que o improvável pode ser feito numa Copa do Mundo com uma receita de paciência, tranquilidade e uma pitadinha de sorte. Foi essa mistura que a seleção russa mostrou para garantir a classificação às quartas de final e eliminar a favorita Espanha na decisão por pênaltis.

Nos 90 minutos, Espanha e Rússia protagonizaram um duelo cauteloso, com as equipes evitando correr riscos. Com o empate por 1 x 1 no tempo regular, a partida foi levada para a prorrogação. A Fúria partiu para cima, teve 74% de posse de bola, mas não decidiu. Melhor para os russos, que chegaram ao grupo dos oito melhores ao vencer por 4 x 3 nas cobranças. A Rússia disputa as quartas no próximo sábado (7.06), a partir das 15h, contra a Croácia.

Decisiva, a partida no Estádio Lujniki, em Moscou, reuniu cerca de 80 mil torcedores que garantiram o clima de final de Copa do Mundo. O goleiro Akinfeev foi um dos destaques do time da casa, ao defender os pênaltis de Koke e Aspas. Foi eleito pela FIFA o melhor em campo. É apenas a segunda vez que a Rússia avança às quartas de final. A outra havia sido em 1966. "Eu não sou o melhor em campo. O melhor em campo foi o nosso time e nossos torcedores", afirmou o goleiro.

"Eu não fui o melhor em campo. O melhor em campo foi o nosso time e nossos torcedores"
Akinfeev

Stanislav Cherchesov, técnico da Rússia, preferiu a cautela no lugar da euforia com a vitória. "As emoções são simples. Estou pensando apenas no próximo jogo. É assim", disse.

A Fúria abriu o placar cedo. Logo aos 11 minutos, após cobrança de falta com bola levantada na área, o zagueiro russo Ignashevich marcou gol contra, após uma dividida com Sérgio Ramos.

A partir daí a Espanha protagonizou aquele toque de bola característico do time, de pé em pé, de um lado para outro, para frente e para trás. O tom chegou a irritar os torcedores russos. Foram 1.137 passes, contra 285 dos russos. Esperando o tempo passar, a Espanha adotou a postura de administrar o placar. Por outro lado, os russos exercitavam a paciência, sem mostrar iniciativa de ataque e se fechando na linha defensiva.

A paciência deu certo. Aos 40 minutos, em cobrança de escanteio, a bola bateu na mão de Piqué e foi anotado um pênalti a favor dos donos da casa. A falta de iniciativa foi recompensada com o empate na cobrança de Dzyuba no canto esquerdo do goleiro De Gea.

No segundo tempo, a Espanha voltou mais ofensiva com o objetivo de evitar a prorrogação. Atacou, pressionou e tentou garantir a vitória. Foram nove finalizações dentro do gol, todas detidas pela defesa russa. Nos 30 minutos da prorrogação, a Espanha foi para cima e impôs um jogo ofensivo. A Rússia usou a estratégia de se fechar na defesa para levar aos pênaltis. Nas cobranças, o goleiro russo Akinfeev defendeu a cobrança do meia espanhol Koke e garantiu a classificação. Festa no estádio, na Fan Fest ao lado da arena e em vários pontos da Rússia.

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Autor do gol do título da Espanha na Copa do Mundo de 2010, Iniesta anunciou sua aposentadoria da seleção espanhola. Foto: Getty Images

Fim da era Iniesta

"Esta foi minha última partida com a seleção. Numa perspectiva individual é o fim de uma etapa maravilhosa. Não foi a despedida sonhada, mas futebol tem dessas coisas"
Iniesta

A eliminação da russa marcou a despedida de outro dos craques de grande envergadura da Copa do Mundo da Rússia 2018. Após as saídas de Lionel Messi, da Argentina, e Cristiano Ronaldo, de Portugal, foi a vez de Iniesta dizer adeus. Craque que se consagrou no Barcelona, o meia responsável pelo gol que deu o título à Espanha na Copa do Mundo de 2010 anunciou o fim de sua carreira na Seleção Espanhola com a queda de sua equipe em Moscou.

"Esta foi minha última partida com a seleção. Numa perspectiva individual é o fim de uma etapa maravilhosa. Não foi a despedida sonhada, mas futebol tem dessas coisas", afirmou o atleta ao jornal espanhol Mundo Deportivo. "É um momento difícil. Estamos chateados porque não fomos capazes de estar à altura das circunstâncias", avaliou o atleta, que participou em 133 partidas de La Roja.

O técnico espanho, Fernando Hierro, rendeu homenagens especiais ao atleta. "Eu dou o reconhecimento de todo o meu coração para um dos grandes jogadores de nossa história. Ele é um profissional fora de série. O jeito que ele jogou vindo do banco nessa partida foi como se ele estivesse atuando pela primeira vez. Eu gostaria de agradecer a ele profundamente", afirmou Hierro, que também lamentou o resultado em campo.

"Nós viemos para cá com uma grande ambição e nos solidarizamos com nossa gente, principalmente aqueles que fizeram a viagem rumo à Rússia para nos acompanhar. Não acho que podemos falar que o time jogou mal ou teve um colapso como equipe. Apenas há uma linha fina entre vencer e perder", disse o treinador.

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