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11/06/2019 11h33

Parapan de Lima

Brasil busca manter hegemonia continental no Parapan de Lima 2019

Na sexta edição do evento, delegação nacional tem como meta liderar o quadro geral de medalhas pela quarta vez consecutiva

A partir de 23 de agosto, os brasileiros terão a oportunidade de acompanhar a mais alta performance dos atletas paralímpicos das Américas. Serão nove dias de disputas durante os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. Com cerca de 300 atletas brasileiros, a delegação nacional brigará por medalhas em 17 modalidades. Badminton, taekwondo e tiro esportivo estreiam no megaevento continental. A meta é voltar para casa com a liderança no quadro geral de medalhas, para manter a hegemonia continental.

CT Paralímpico de São Paulo é o principal legado dos Jogos Rio 2016 para o esporte adaptado. Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br

A sexta edição do evento será a maior da história, com 1.890 atletas de 33 países. O Brasil foi o maior medalhista das últimas três edições do Parapan. No Rio de Janeiro, em 2007, conquistou 228 pódios. Quatro anos depois, em Guadalajara, no México, foram 197 medalhas. Em Toronto, no Canadá, em 2015, o país conquistou 257 medalhas: 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze.

"O planejamento do CPB de 2017 a 2025 traçou a meta de continuarmos em primeiro lugar das Américas. Queremos aumentar a quantidade e a qualidade das medalhas conquistadas"
Alberto Martins da Costa, diretor técnico do CPB

"O planejamento estratégico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) de 2017 até 2025 traçou a meta de continuarmos a nossa performance dos últimos Parapan-Americanos. Ou seja, liderar o quadro de medalhas e, logicamente, aumentar a quantidade e a qualidade das medalhas conquistadas na edição de Toronto 2015. A meta é continuar em primeiro lugar das Américas", afirmou o diretor técnico do CPB, Alberto Martins da Costa.

Para alcançar a meta de manter a hegemonia continental, os brasileiros contaram pela primeira vez com toda a estrutura do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, durante todo o período entre as edições de Parapan 2015-2019. Há três anos em operação, o CT recebeu, do antigo Ministério do Esporte, investimento de R$ 187 milhões, sendo R$ 167 milhões na construção e outros R$ 20 milhões em equipagem.

"Ter uma estrutura com condições de atender os atletas e os profissionais da área esportiva é um sonho acalentado pelo Centro de Treinamento. O CT está sendo de fundamental importância em todos os aspectos, não só técnicos, mas em suporte aos atletas nas áreas de saúde, de reabilitação, de nutrição, de psicologia e do conforto na mesma instalação. É o grande legado que a gente acalentou em sonho há anos", analisou Alberto Martins.

Escala para Tóquio

Lima 2019 é considerada passo importante na preparação dos atletas para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Das 17 modalidades em disputa, em 13 a competição valerá classificação direta ou pontos estratégicos para os atletas chegarem às Paralimpíadas de Tóquio. O basquete em cadeira de rodas, por exemplo, distribuirá vagas diretas aos três primeiros no masculino e às duas melhores equipes do feminino. A classificação direta também estará em disputa no tênis de mesa, no tênis em cadeira de rodas e no vôlei sentado. Já em modalidades como bocha, halterofilismo, taekwondo e judô, estão em jogo pontos no ranking.

"Os Jogos Parapan-Americanos têm um nível grande de importância para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Primeiro, porque é um grande evento e um degrau importante para aferir a nossa preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, assim como para os Mundiais das modalidades. As vagas distribuídas para Tóquio mostram que os Jogos de Lima serão de extrema importante, não só para o Brasil, mas para todos das Américas", completou.

Roupa nova

Durante o Parapan, os atletas irão estrear os novos uniformes esportivos, de pódio e de passeio, que serão utilizados na Vila dos Atletas dos Jogos Parapan-Americanos de Lima. "Nós vamos lançar o nosso novo enxoval às vésperas da saída para Lima. O CPB hoje não tem nenhum patrocínio de material esportivo e a entidade desenhou a própria grife", revelou.

Breno Barros – rededoesporte.gov.br