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Vela

16/08/2015 20h19

Rio de Janeiro

Evento-teste de vela: domingo de aprendizados para os brasileiros

Velejadoras como Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49er FX, e Patrícia Freitas, da RS: X, tiveram que lidar com situações complicadas e os erros serviram de lição
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O fim de tarde no segundo dia do evento-teste da vela rendeu belíssimas imagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Fotos: Matthew Stockman/Getty Images
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O fim de tarde no segundo dia do evento-teste da vela rendeu belíssimas imagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Fotos: Matthew Stockman/Getty Images
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O fim de tarde no segundo dia do evento-teste da vela rendeu belíssimas imagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Fotos: Matthew Stockman/Getty Images
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O fim de tarde no segundo dia do evento-teste da vela rendeu belíssimas imagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Fotos: Matthew Stockman/Getty Images
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O fim de tarde no segundo dia do evento-teste da vela rendeu belíssimas imagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Fotos: Matthew Stockman/Getty Images
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O fim de tarde no segundo dia do evento-teste da vela rendeu belíssimas imagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Fotos: Matthew Stockman/Getty Images
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O fim de tarde no segundo dia do evento-teste da vela rendeu belíssimas imagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Fotos: Matthew Stockman/Getty Images
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O fim de tarde no segundo dia do evento-teste da vela rendeu belíssimas imagens da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Fotos: Matthew Stockman/Getty Images
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A brasileira Kahena Kunze recolhe a vela enquanto sua parceira na classe 49er FX (de costas) conversa com a francesa Sarah Steyaert sobre o incidente entre o barco do Brasil e o da França. Foto: Carol Delmazo
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Kahena Kunze e Martine Grael na Baía de Guanabara. Foto: Getty Images
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Elas são as líderes do ranking da Federação Internacional de Vela (Isaf, na sigla em inglês) na classe 49er FX. São a dupla a ser batida. Vêm de excelentes resultados, mas, como quaisquer atletas, aprendem algo importante a cada regata. Em competição que é realizada em raia olímpica, como é o caso do evento-teste, na Baía de Guanabara, as lições são ainda mais importantes. E a Regata Internacional de Vela, neste domingo (16.08), foi sinônimo de aprendizado para Martine Grael e Kahena Kunze.

Kahena Kunze e Martine Grael na Baía de Guanabara. Foto: Getty Images

A dupla terminou bem o dia, com a terceira colocação geral. Mas foram desclassificadas na primeira regata, por causa de um incidente com o barco francês. As europeias fizeram um protesto que foi acatado pela comissão responsável. “A gente estava pagando uma punição para um outro barco e, segundo a francesa (Sarah Steyaert), acabamos atrapalhando elas. Faz parte da regata, a gente ainda estava se aquecendo e foi bom porque nós ainda conseguimos esfriar a cabeça e ter dois bons resultados no final”, avaliou Kahena.

Para ela, independentemente do que decidisse a comissão, a lição valeu. “Falei pra Tine agora: ‘temos que entrar com a cabeça fria, é um aprendizado’. Para amanhã, vamos mais cautelosas em relação a arriscar”, disse. Como a pior regata é descartada – no caso, a da desclassificação, em que ficaram em ultimo lugar (20º ) –, os outros resultados obtidos no dia (3º e 2º lugar) mantiveram a dupla na terceira colocação geral.

A brasileira Kahena Kunze recolhe a vela enquanto sua parceira na classe 49er FX (de costas) conversa com a francesa Sarah Steyaert sobre o incidente entre o barco do Brasil e o da França. Foto: Carol Delmazo

Cerveja

Patrícia Freitas também teve uma desclassificação no sábado (15.08) por causa de um protesto na RS:X. A reivindicação da velejadora chinesa foi acatada e Patrícia, que havia ficado em 9º, caiu para último lugar (21º) naquela regata. Este também foi o resultado descartado e, após as regatas realizadas no sábado e neste domingo, a brasileira está em 8º lugar geral na classe. A situação que levou à desclassificação no dia anterior foi fundamental para uma decisão tomada neste domingo.

» Belo cenário e água sem lixo: atletas fazem avaliação positiva no primeiro dia do evento-teste de vela

“Ontem (sábado), a chinesa vinha de vela esquerda, que tem prioridade de passagem, e eu vinha pela direita. Eu sabia que eu conseguiria passar, mas ela bombeou a vela para tentar forçar uma situação. Eu bombeei também e ela passou perto de mim, mas não houve colisão.  Foi uma situação que, em qualquer regata do mundo, não aconteceria nada. Eu diria: ´te pago uma cerveja´ e estaria tudo certo. Não houve colisão mas, na hora do protesto, foi minha palavra contra a dela e o júri deu razão a ela.  Hoje (domingo) foi a mesma coisa, ela fingiu que freou e eu preferi pagar a punição. Só tem um descarte, não posso ter duas regatas desqualificadas”, explicou.

A brasileira já tem vaga garantida nos Jogos Olímpicos Rio 2016, mas, para muitas atletas, os resultados do evento-teste podem ser determinantes na classificação para o ano que vem. “Esse é um evento pré-olímpico. Ninguém é bobo e todo mundo quer ir bem pra mostrar serviço pra as suas federações. Fica uma tensão muito elevada entre os competidores. Se tem uma oportunidade de se dar bem, eles usam”, disse.

A velejadora elogiou a organização do evento-teste. “Estão de parabéns, de todos os eventos em que eu já estive – Pequim-2008, Londres-2012, Pan de Guadalajara 2011, Pan de Toronto 2015 – isso aqui é um luxo. É ótimo pra gente. Estamos muito perto da raia de regata, em 15 minutos estamos lá. Nesta semana a maré está enchendo, a água está limpa, não vi ninguém reclamando de lixo. A gente está aqui na praia, não sei a opinião do pessoal que fica na Marina, porque lá está em obras. Mas obra também é para melhorar”, avaliou.

Entrosamento

Isabel Swan e Samuel Albrecht estão competindo juntos pela segunda vez. Neste domingo, eles participaram das primeiras regatas no evento-teste, tendo ficado em 15º lugar na classificação geral. A competição é fundamental para o entrosamento da dupla que foi formada somente em junho deste ano para a classe mista Nacra 17, estreante nos Jogos 2016.

“Está indo bem, estamos pegando o jeito e naturalmente as coisas vão saindo. Estamos ganhando confiança. Esta é a segunda competição e aqui já melhorou bastante. Aprendemos que a largada está fazendo a diferença. E nas raias fora da baía não tem tanta variável. O desafio é acostumar com o barco e ir melhorando a comunicação”, declarou Isabel Swan, medalhista de bronze em Pequim-2008, com Fernanda Oliveira, na classe 470.

Para a velejadora, que ainda está na busca por uma vaga nos Jogos 2016, cada regata é um aprendizado. “Cada passo é importante. Cada ganho é importante. As outras duplas brasileiras da classe já participaram de campeonatos lá fora e isso já dá uma vantagem. Mas nós estamos correndo atrás”, disse.

Insolação

Um atleta de Israel, Eyal Levine, terminou a regata se sentindo mal. Ele foi atendido no posto médico com sintomas de insolação e tomou remédio para dor de cabeça, segundo a organização do evento. De acordo com informações da equipe israelense, Eyal está no Rio há um mês, vem velejando diariamente na Baía de Guanabara, e não havia se sentido mal antes.

As regatas do Aquece Rio Regata Internacional de Vela prosseguem até o próximo sábado (22.08). Confira os resultados dos brasileiros, por classe, às 19h de domingo (16.08)*:

» 470 masculino, após duas regatas: Henrique Haddad e Bruno Bethlem – 10º
» 470 feminino, após duas regatas: Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan – 6º
» 49er, após duas regatas: Marco Grael e Gabriel Borges – 7º
» 49er FX, após três regatas: Martine Grael e Kahena Kunze – 3º
» Finn, após duas regatas: Jorge Zarif – 14º
» Laser, após quatro regatas: Robert Scheidt – 9º
» Laser radial, após quatro regatas: Fernanda Decnop – 8º
» Nacra 17, após três regatas: Samuel Albrecht e Isabel Swan – 15º
» RS: X masculino, após seis regatas: Ricardo Winicki – 8º 
» RS: X feminino, após seis regatas: Patrícia Freitas – 8º

*Vários atletas entraram com protestos que podem mudar a classificação geral, à medida que forem divulgadas as decisões da Comissão de Protestos.

Carol Delmazo - brasil2016.gov.br