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Geral

23/07/2019 16h43

Lima 2019

Delegação do Parapan faz últimos ajustes a um mês da abertura dos Jogos de Lima

Atletas intensificam treinamentos na reta final da preparação para o megaevento. Equipe terá 337 atletas, é a maior da história do país e tenta manter hegemonia continental

A 30 dias do principal evento da temporada, os Jogos Parapan-Americanos de Lima, os atletas brasileiros aperfeiçoam os treinos para repetir o feito de liderar o quadro geral de medalhas da competição. A partir de 23 de agosto em Lima, no Peru, 337 atletas brasileiros disputarão as láureas continentais.

Na terça-feira, 16 de julho, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou a lista dos convocados para o maior evento das Américas. É maior missão brasileira, com 512 integrantes, sendo 337 atletas, entre os quais atletas-guias, calheiros, goleiros e pilotos, de 23 estados e do Distrito Federal. O evento contará com cerca de 1.890 atletas, de 33 países, com disputa em 17 modalidades.

Nos Jogos de Toronto, em 2015, o Brasil conquistou 257 medalhas, com 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze

Nesta edição do Parapan, três modalidades estrearão no programa: parabadminton, parataekwondo e tiro esportivo. Para os jogadores de badminton, o mês de agosto reserva mais um grande evento, o Mundial da modalidade em Basel, na Suíça, entre os dias 20 e 25. A Seleção embarcará diretamente da Europa para o Peru, onde as disputas do esporte estão programadas para começarem no dia 29.

"Fizemos uma preparação intensa para essas duas competições. Treinamos principalmente no quesito físico, técnico e tático. Ainda faremos um treino final no CT Paralímpico, a partir do dia 5, que vai ser pesado, mas importante para entrarmos no clima. Vamos usar estratégias para não sentirmos tanto a mudança de fuso, como dormir no horário do outro país antes mesmo de chegar lá. O fisioterapeuta está atento para prevenir lesões e para termos resistência para disputar as duas competições", disse o paranaense Leonardo Zuffo, da classe SL3 (para atletas com deficiência nos membros inferiores).

Ana Carolina Duarte, que defende o título de 2015 no goalball, é uma das integrantes da delegação nacional. Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

Em busca do tetra

O Brasil busca repetir o feito das três últimas edições dos Jogos continentais. Desde 2007, os atletas brasileiros não conhecem outro resultado que não seja a liderança do quadro geral de medalhas. Foi assim no Rio 2007, em Guadalajara 2011 e em Toronto 2015. Neste último, o Brasil conquistou 257 medalhas, das quais 109 de ouro, 74 de prata e 74 de bronze.

"A nossa meta no atletismo é superar o número de medalhas conquistadas em Toronto 2015. Todos os convocados têm chance de medalhar. Nestes últimos dias de preparação, nós fazemos os ajustes finos, trabalhando no aprimoramento e não na resistência, como era antes. Uma estratégia é simular uma competição nos treinos para os atletas já entrarem no ritmo", disse Amaury Veríssimo, técnico-chefe de atletismo do CPB.

"A cada treino concluído eu encaro como um dia a menos para os jogos Parapan-Americanos. Nesse momento, intensifico os trabalhos físicos na academia e na areia da praia, como moro em Santos. Faço esse trabalho cinco vezes por semana e treino em quadra três vezes, em busca da excelência técnica. A partir do dia 13, vou me reunir à Seleção  no CT Paralímpico, para a última etapa de treinos. A expectativa é manter a hegemonia continental, mas sabemos que isso não será fácil", contou a carioca Ana Carolina Duarte, da Classe B2 (para baixa visão), que faturou o ouro em Toronto 2015 e a prata em Guadalajara 2011 pela seleção de goalball. 

As 17 modalidades em disputa são atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, parabadminton, parataekwondo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro esportivo e vôlei sentado.

O Parapan dará vaga direta para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 em quatro modalidades: basquete em cadeira de rodas (os três primeiros no masculino e campeão e vice no feminino), rúgbi em cadeira de rodas (campeão), tênis em cadeira de rodas (uma vaga no feminino e uma no masculino) e vôlei sentado (os quatro primeiros do feminino e do masculino). As equipes de futebol de 5, goalball (feminino e masculino) e o atirador Alexandre Galgani já estão classificados.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro