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Saltos ornamentais

12/07/2019 03h57

Coreia do Sul

Caçulas da equipe abrem a participação do Brasil no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju

Com Luis Felipe Moura, 16 anos, e Kawan Pereira, Brasil termina em 22º e 37º na prova do trampolim de 1 metro nos saltos ornamentais. Ambos disputam um Mundial adulto pela primeira vez

Mundial de Desportos Aquáticos

Com dois jovens atletas dos saltos ornamentais em ação na prova do trampolim de 1 metro masculino, o Brasil estreou no final da manhã desta sexta-feira (12.07), no horário local, final da noite de quinta-feira (11.07), no horário de Brasília, no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul.

E coube aos caçulas da Seleção Brasileira de saltos ornamentais, os brasilienses Luis Felipe Moura, 16 anos, atleta mais novo da delegação em todas as modalidades no masculino, e Kawan Pereira, 17 anos, a honra de serem os primeiros atletas do país a se apresentarem no Mundial da Coreia.

#PraCegoVer: O atleta dos saltos ornamentais Kawan Pereira executa uma manobra no Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju 2019
Kawan Pereira: boa estreia no Mundial de Gwangju. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br
"Eu comecei muito bem, dei uma caidinha, mas depois voltei a saltar bem. Para mim, a competição foi boa e eu saio satisfeito"
Kawan Pereira, 17 anos, atleta do saltos ornamentais

A prova, que não é olímpica, contou com a participação de 44 atletas, de 28 países, e teve um nível técnico elevado. Tanto Kawan quanto Luis Felipe, ambos beneficiados pela Bolsa Atleta do Governo Federal, disputam pela primeira vez um Mundial adulto e, após seis rodadas de saltos no Centro Aquático da Nambu University, terminaram na 22ª e 37ª colocação, respectivamente.

Doze atletas avançaram à final, com o chinês Zongyuan Wang em primeiro, com 429, 40 pontos, seguido do também chinês Jianfeng Peng em segundo, com 410,80, e do coreano Haran Woo em terceiro, com 396,10. Kawan somou 323,40 pontos e Luis Felipe terminou sua série com 264,45.

“Talvez eu tenha ficado um pouco mais ansioso por ser uma competição difícil e eu estar competindo contra os caras que eu sempre admirei bastante, mas cheguei hoje e estava mais tranquilo, mais relaxado. Fiz um treino bom antes da prova e saltei bem. Errei só um salto e estou feliz”, avaliou Luis Felipe, que depois do Mundial disputará os Jogos Pan-Americanos de Lima com Kawan, outra experiência inédita para a dupla.

Luis Felipe saltará outras três provas neste Mundial. “Amanhã (22h desta sexta-feira, 12.07, no horário de Brasília) vou saltar o trampolim de 3 metros sincronizado masculino, com o Kawan, e salto o trampolim de 3 metros individual e também o trampolim de 3 metros misto”, detalha o brasiliense.

Galeria de fotos em alta resolução, disponíveis para uso editorial gratuito (crédito obrigatório: Satiro Sodré/ rededoesporte.gov.br)

Saltos Ornamentais - Mundial de Desportos Aquáticos Gwangju 2019

“Estou bem confiante para as duas provas de sincronizado. No individual, sei que vai ser mais difícil, mas vamos tentar manter a técnica, a concentração e procurar lembrar do que o técnico nos passou na hora de saltar”, continuou.

“Eu já saltei melhor, mas foi o que eu consegui fazer hoje”, avaliou Kawan, referindo-se à sua pontuação. “Não foi o meu máximo, mas dei o meu melhor. Eu comecei muito bem, dei uma caidinha, mas depois voltei a saltar bem. Para mim, a competição foi boa e eu saio satisfeito”, concluiu o saltador, que além da prova com Luis Felipe ainda disputará a plataforma individual, o trampolim de 3 metros individual e a plataforma sincronizado masculino, ao lado de Isaac Souza.

Também nesta sexta-feira, Luana Lira e Danielle Robles disputaram a prova do trampolim de 1 metro feminino. No total, 43 atletas, de 30 países, competiram. Luana terminou em 32º, com 202,35 pontos, e Danielle foi a 43ª, com 124,95 pontos.

#PraCegoVer: O atleta de saltos ornamentais Luis Felipe Moura parte do trampolim para um giro no ar durante o Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul
Aos 16 anos, Luis Felipe Moura é o atleta mais velho de toda a delegação brasileira na Coreia, no time masculino. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br
"Fiz um treino bom antes da prova e saltei bem. Errei só um salto e estou feliz"
Luis Felipe Moura, 16 anos, atleta dos saltos ornamentais


Investimento

No total, a modalidade conta com 25 atletas beneficiados pelo programa, fruto de um investimento de R$ 492,9 mil ao ano. Sete dos 9 saltadores que integram a Seleção Brasileira de Saltos Ornamentais recebem a Bolsa Atleta do Governo Federal. O investimento nesses atletas supera R$ 140 mil por ano.

Entenda os saltos

No Mundial de Saltos Ornamentais, o número de participantes varia de prova para prova, que são disputadas em plataforma (10 metros), trampolim de 1 metro e trampolim de 3 metros.

Em Gwangju, a média deve girar em torno de 50 atletas por prova. Após a fase classificatória, 18 atletas avançam para as semifinais e, desses, 12 disputam a final.

No feminino, cada atleta apresenta cinco saltos. No masculino, são seis. Nas provas individuais, os atletas só fazem saltos livres, ou seja, aqueles com alto grau de dificuldade. Durante a competição, todos devem fazer cada um dos seis grupos dos saltos ornamentais:

  1. Para frente: quando o atleta sai de frente para a piscina e roda para frente
  2. De costas: quando o atleta sai de costas para a piscina e roda para trás
  3. Pontapé à lua: quando o atleta sai de frente para a piscina e roda para trás
  4. Revirado: quando o atleta sai de costas para a piscina e roda para frente
  5. Parafuso: o atleta sai em qualquer sentido e, além dos mortais, executa um parafuso
  6. Parada de mão: trata-se de um grupo que só existe na plataforma. É aquele em que o atleta “planta uma bananeira” antes de partir para o salto

Os juízes avaliam todos os aspectos dos saltos, analisando a saída, a execução e, finalmente, a entrada na água.

“A entrada na água pode ser entendida como um resumo do salto”, explica Ricardo Moreira. “Em geral, quanto menos água espirrar no contato com a água mais a entrada foi bem feita e a pontuação deverá ser maior”, continua o treinador.

Há também a prova por equipe, que é diferente. Ela é disputada tanto na plataforma quanto no trampolim de 3 metros. Cada um dos dois atletas faz três saltos e o time tem que obrigatoriamente fazer três saltos na plataforma e três no trampolim, mas a quantidade de saltos na plataforma e no trampolim pode variar entre os atletas, de acordo com a estratégia de cada time.

Em Gwangju, por exemplo, o Brasil competirá na prova por equipe com Tammy Galera e Isaac Souza. Tammy fará dois saltos de trampolim e um de plataforma, enquanto Isaac fará o contrário: dois da plataforma e um do trampolim.

Os brasileiros e suas provas

Masculino 

» Isaac Nascimento de Souza Filho - plataforma individual, sincronizada e equipe 
» Luis Felipe Bonfim dos Santos Moura - trampolim 1m, 3m, sincronizado 3m e sincronizado 3m misto
» Kawan Figueredo Pereira - plataforma individual, plataforma sincronizada, trampolim 1m, trampolim 3m individual, trampolim 3m sincronizado

Feminino 

» Luana Wanderley Moreira Lira - trampolim 1m, 3m e sincronizado 3m
» Tammy Galera Takagi - sincronizado 3m e sincronizado 3m misto
» Andressa Bonfim de Lima Mendes - plataforma individual e sincronizado 
» Ingrid de Oliveira  - plataforma individual e sincronizada 
» Juliana Rodrigues Veloso - trampolim de 1m e 3m
» Danielle Robles - trampolim de 1m 

Mundial de Desportos Aquáticos

Luiz Roberto Magalhães - de Gwangju, na Coreia do Sul - rededoesporte.gov.br