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Polo aquático

26/07/2019 23h58

Coreia do Sul

Brasileiros do polo aquático estão bem e ajudaram no resgate de tragédia em boate na Coreia

Rochinha, técnico da equipe brasileira, disse que jogadores participavam de comemoração pelo fim do torneio feminino no Mundial de Gwangju quando teto de boate desabou

A madrugada deste sábado (27.07) em Gwangju, tarde de sexta-feira (26.07) no Brasil, foi marcada por uma tragédia em uma boate na qual estavam atletas do polo aquático que disputam o Mundial de Desportos Aquáticos na Coreia do Sul.

Segundo informações da agência de notícias sul-coreana Yonhap News, o teto da boate Coyote Ugly desabou nesta madrugada quando a casa noturna estava lotada. O acidente deixou dois coreanos mortos e 14 feridos, entre eles atletas estrangeiros.

Policiais guardam a entrada da boate Coyote Ugly, em Gwangju, palco de tragédia após o desabamento do teto de um dos andares. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Entre os presentes na boate na hora do acidente estavam atletas do polo aquático de várias nacionalidades, incluindo brasileiros. Eles haviam escolhido o local para uma confraternização para marcar o fim do torneio feminino no Mundial de Desportos Aquáticos da Coreia do Sul, que termina neste domingo em Gwanju.

O técnico da Seleção Brasileira masculina de polo, Ricardo Azevedo, o Rochinha, conversou com o rededoesporte.gov.br e afirmou que os jogadores do Brasil estão bem e que inclusive ajudaram no resgate aos feridos. “Infelizmente a informação do acidente é correta. Como nós estamos treinando muito forte e ontem era uma celebração das medalhas do feminino e todos atletas de todos os times estavam lá, nossos atletas também estavam. Eles tinham horário para voltar e deram sorte, pois estavam em um local que era mais calmo. Não estavam onde tudo aconteceu. Estamos todos bem. Estamos na academia agora, fazendo musculação. Saímos às 11h20 (desta manhã em Gwangju) para nadar e, para nós, está tudo bem”, tranquilizou Rochinha.

“Infelizmente uma jogadora dos Estados Unidos quebrou a perna, outros cortaram a mão, como a artilheira da Holanda, mas não só nossos atletas, como o Ivovic, de Montenegro, ajudaram a socorrer as pessoas. É uma tristeza, uma tragédia, mas estamos bem”, detalhou o técnico da Seleção Brasileira.

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Segundo o técnico do Rochinha, os atletas brasileiros estavam em uma área distante de onde ocorreu o acidente na boate, e ajudaram a prestar socorro. Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br

Depois do Mundial na Coreia, o time masculino de polo aquático do Brasil disputa os Jogos Pan-Americanos de Lima, onde tentará a classificação para as Olimpíadas de Tóquio 2020.

Assistência aos atletas

Neste sábado, o Comitê Organizador do Mundial de Desportos Aquáticos de Gwangju liberou um comunicado sobre a tragédia. No texto, o comitê afirma que todas as medidas para garantir a segurança e assistência médica aos atletas após o acidente foram tomadas.

O texto diz que a maioria dos atletas presentes durante a tragédia retornou em segurança à Vila dos Atletas após uma consulta realizada no hospital oficial do torneio. Oito atletas ficaram feridos, dos quais sete sofreram ferimentos leves e um havia permanecido no hospital para tratamento médico adicional para uma pequena operação de sutura em uma laceração sofrida na perna.

O Comitê afirmou que monitora cuidadosamente a situação e que os atletas atingidos tiveram e terão acesso a tratamento hospitalar, transporte, apoio e acompanhamento de intérpretes. "Embora tenha havido um acidente inesperado que ocorreu em um clube noturno, alguns dos atletas que participam do Mundial estavam entre os feridos. Enviamos nossa solidariedade às vítimas e pedimos a todos os atletas, oficiais e fãs que permaneçam seguros e alertas, mesmo fora da competição”, afirmou Je Soonja, diretor do Departamento de Esportes do Comitê Organizador de Gwangju 2019.

Luiz Roberto Magalhães, de Gwangju, na Coreia do Sul - rededoesporte.gov.br
Atualizada às 16h15, no horário de Gwangju