Atletismo
Copa do Mundo de Basquete
Brasil perde para os EUA, é eliminado e tentará a vaga olímpica em seletiva
Depois de uma primeira fase quase perfeita, com três vitórias em três jogos, a seleção masculina de basquete acabou fora das quartas de final da Copa do Mundo de Basquete, disputa em Shenzhen, na China. No sábado, em sua pior apresentação no torneio, a equipe nacional foi superada pela República Tcheca por 93 a 71. Assim, entrou em quadra nesta segunda com a obrigação de buscar uma vitória sobre os Estados Unidos. Não faltou luta, mas deu a lógica. Os norte-americanos venceram por 89 x 73 e asseguraram, ao lado da República Tcheca, a vaga nas quartas de final.
Eliminada, a Seleção Brasileira também perdeu a chance de garantir no torneio chinês uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. A competição olímpica terá, ao todo, 12 seleções. Uma vaga é do Japão, país sede. Sete saem do Mundial da China, divididas por continentes. Duas são reservadas às Américas. Como Estados Unidos e Argentina seguiram adiante na Copa do Mundo, já carimbaram o passaporte japonês. O Brasil disputará uma seletiva em junho de 2020. Serão 24 seleções divididas em seis grupos. O vencedor de cada um dos grupos conquista a vaga.
"O mais importante é que a gente lutou os 40 minutos. Brigamos até o fim. Foi outro Brasil que a gente viu hoje na quadra, mas Estados Unidos é sempre Estados Unidos. Um time difícil, atlético. A gente conseguiu segurar o jogo até um certo tempo, achei que a arbitragem errou em não marcar algumas faltas e isso acaba interferindo. Infelizmente a gente perdeu, estamos fora e é triste, não era assim que a gente queria sair desse torneio, principalmente depois de termos feito uma primeira fase tão boa", afirmou o ala Leandrinho.
"Eu acho que tivemos um ótimo torneio, mas fizemos uma apresentação terrível contra a República Tcheca que nos custou a sequência na competição. Vamos para casa porque não jogamos bem aquele jogo. Tínhamos de bater os Estados Unidos hoje e sabíamos que não seria fácil. Fizemos uma partida equilibrada em grande parte do tempo, mas não foi suficiente", completou o pivô Ânderson Varejão.
O jogo
Bater os Estados Unidos nunca foi tarefa fácil, mas o Brasil encarou o time de Popovich de frente no primeiro período. Depois de um começo vacilante, quando os americanos abriram sete pontos, a Seleção entrou no jogo pelas mãos de Marcelinho Huertas. Com sete pontos, o armador do Tenerife foi a principal arma ofensiva da equipe comandada por Aleksandar Petrovic. Varejão, com outros quatro, ajudou a manter o placar equilibrado. A vitória parcial dos americanos por 21 x 18 teve Myles Turner como destaque. O pivô do Indiana Pacers anotou seis pontos.
A Seleção jogava bem e voltou melhor no segundo quarto. Com um quinteto modificado em relação ao que começou, o Brasil seguia incomodando os americanos na defesa. Principalmente no jogo interno. No ataque, Benite passou a ser o cara. Com uma bola de três, o ala do Burgos empatou a partida pela primeira vez e trouxe o torcedor chinês para o lado brasileiro. O momento era da Seleção, mas Petrovic levou a segunda falta técnica após reclamar de falta em Varejão e foi excluído.
O time sentiu e os americanos abriram cinco novamente. A Seleção recolocou os nervos no lugar e passou a trocar pontos com os Estados Unidos até Benite acertar outras duas bolas de três e deixar tudo igual. Só que Kemba Walker também entrou no jogo e liderou o time americano, que foi para o intervalo vencendo por 43 a 39.
Com uma marcação implacável, os Estados Unidos impediram que a Seleção imprimisse um ritmo alucinante. Fora de posição, os brasileiros tinham dificuldade de atacar. Benite até acertou sua quarta bola de três e deixou a diferença em quatro pontos outra vez. Mas era pouco para virar. Mesmo cometendo erros no ataque, o time de Popovich acelerou o jogo, abriu 11 e fez Cesar Guidetti parar o jogo. O pedido de tempo do assistente brasileiro quebrou o ritmo americano, e a Seleção cortou a diferença para sete.
Mas a artilharia americana era pesada nas bolas de três de Marcus Smart e Khris Middleton, e a diferença voltou a ser de 11 ao fim do terceiro período. No quarto período, falou mais alto a parte física. O Brasil nem jogava mal, mas a equipe americana errava pouco e a diferença se manteve na casa dos 15 pontos até o estouro do cronômetro.
Rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Basquete