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Atletismo

09/09/2019 15h25

Copa do Mundo de Basquete

Brasil perde para os EUA, é eliminado e tentará a vaga olímpica em seletiva

Seleção masculina foi superada por 89 x 73. Pré-olímpico será disputado em junho de 2020 com 24 seleções em busca das últimas seis vagas em Tóquio

Depois de uma primeira fase quase perfeita, com três vitórias em três jogos, a seleção masculina de basquete acabou fora das quartas de final da Copa do Mundo de Basquete, disputa em Shenzhen, na China. No sábado, em sua pior apresentação no torneio, a equipe nacional foi superada pela República Tcheca por 93 a 71. Assim, entrou em quadra nesta segunda com a obrigação de buscar uma vitória sobre os Estados Unidos. Não faltou luta, mas deu a lógica. Os norte-americanos venceram por 89 x 73 e asseguraram, ao lado da República Tcheca, a vaga nas quartas de final.

Varejão sobe para a bandeja durante a partida contra os EUA na Copa do Mundo na China. Foto: FIBA

Eliminada, a Seleção Brasileira também perdeu a chance de garantir no torneio chinês uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. A competição olímpica terá, ao todo, 12 seleções. Uma vaga é do Japão, país sede. Sete saem do Mundial da China, divididas por continentes. Duas são reservadas às Américas. Como Estados Unidos e Argentina seguiram adiante na Copa do Mundo, já carimbaram o passaporte japonês. O Brasil disputará uma seletiva em junho de 2020. Serão 24 seleções divididas em seis grupos. O vencedor de cada um dos grupos conquista a vaga.

"O mais importante é que a gente lutou os 40 minutos. Brigamos até o fim. Foi outro Brasil que a gente viu hoje na quadra, mas Estados Unidos é sempre Estados Unidos. Um time difícil, atlético. A gente conseguiu segurar o jogo até um certo tempo, achei que a arbitragem errou em não marcar algumas faltas e isso acaba interferindo. Infelizmente a gente perdeu, estamos fora e é triste, não era assim que a gente queria sair desse torneio, principalmente depois de termos feito uma primeira fase tão boa", afirmou o ala Leandrinho.

"Eu acho que tivemos um ótimo torneio, mas fizemos uma apresentação terrível contra a República Tcheca que nos custou a sequência na competição. Vamos para casa porque não jogamos bem aquele jogo. Tínhamos de bater os Estados Unidos hoje e sabíamos que não seria fácil. Fizemos uma partida equilibrada em grande parte do tempo, mas não foi suficiente", completou o pivô Ânderson Varejão. 

Duelos definidos para as quartas de final da Copa do Mundo

O jogo

Bater os Estados Unidos nunca foi tarefa fácil, mas o Brasil encarou o time de Popovich de frente no primeiro período. Depois de um começo vacilante, quando os americanos abriram sete pontos, a Seleção entrou no jogo pelas mãos de Marcelinho Huertas. Com sete pontos, o armador do Tenerife foi a principal arma ofensiva da equipe comandada por Aleksandar Petrovic. Varejão, com outros quatro, ajudou a manter o placar equilibrado. A vitória parcial dos americanos por 21 x 18 teve Myles Turner como destaque. O pivô do Indiana Pacers anotou seis pontos.

A Seleção jogava bem e voltou melhor no segundo quarto. Com um quinteto modificado em relação ao que começou, o Brasil seguia incomodando os americanos na defesa. Principalmente no jogo interno. No ataque, Benite passou a ser o cara. Com uma bola de três, o ala do Burgos empatou a partida pela primeira vez e trouxe o torcedor chinês para o lado brasileiro. O momento era da Seleção, mas Petrovic levou a segunda falta técnica após reclamar de falta em Varejão e foi excluído.

O time sentiu e os americanos abriram cinco novamente. A Seleção recolocou os nervos no lugar e passou a trocar pontos com os Estados Unidos até Benite acertar outras duas bolas de três e deixar tudo igual. Só que Kemba Walker também entrou no jogo e liderou o time americano, que foi para o intervalo vencendo por 43 a 39.

Com uma marcação implacável, os Estados Unidos impediram que a Seleção imprimisse um ritmo alucinante. Fora de posição, os brasileiros tinham dificuldade de atacar. Benite até acertou sua quarta bola de três e deixou a diferença em quatro pontos outra vez. Mas era pouco para virar. Mesmo cometendo erros no ataque, o time de Popovich acelerou o jogo, abriu 11 e fez Cesar Guidetti parar o jogo. O pedido de tempo do assistente brasileiro quebrou o ritmo americano, e a Seleção cortou a diferença para sete.

Mas a artilharia americana era pesada nas bolas de três de Marcus Smart e Khris Middleton, e a diferença voltou a ser de 11 ao fim do terceiro período. No quarto período, falou mais alto a parte física. O Brasil nem jogava mal, mas a equipe americana errava pouco e a diferença se manteve na casa dos 15 pontos até o estouro do cronômetro.

Rededoesporte.gov.br, com informações da Confederação Brasileira de Basquete