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Halterofilismo paralímpico

12/07/2019 12h49

Halterofilismo paralímpico

Brasil abre Mundial de Halterofilismo paralímpico com dois ouros entre os juniores

Medalhas vieram com o amazonense Lucas Manoel, agora bicampeão, e o paulista Marcos Terentino. Adultos estreiam no torneio realizado no Cazaquistão neste sábado, 13.07

O Brasil estreou com duas medalhas de ouro e uma de prata no Mundial Paralímpico de Halterofilismo, em Nur-Sultan, no Cazaquistão. O amazonense Lucas Manoel (divisão até 49kg) e o paulista Marcos Terentino (até 54kg) foram os responsáveis pelas vitórias na categoria júnior, enquanto Vinicius Freitas (até 80kg) ficou em segundo, nesta sexta-feira, 12.07.

Lucas celebra o levantamento que valeu para ele e para o Brasil o primeiro ouro no Mundial de Halterofilismo Paralímpico 2019. Foto: Ivo Felipe/CPB

Neste sábado, têm início as disputas das classes adultas do Mundial de Halterofilismo. Lara Aparecida representará o Brasil entre as mulheres com até 41kg, a partir das 2h30 (de Brasília), enquanto o potiguar João Maria de França Júnior estará em ação entre os homens com até 49kg, a partir das 5h30. O Mundial se estende até 20 de julho e conta com 11 representantes brasileiros entre os 488 atletas de 76 países, no Congress Center, moderno complexo inaugurado em 2017.

"A competição foi do jeito que gosto, com os atletas muito próximos em termos de marca. Esperava conquistar o bicampeonato e felizmente pude alcançá-lo. Espero continuar evoluindo daqui em diante"
Lucas Manoel, campeão na categoria até 49kg

Lucas Manoel sagrou-se campeão mundial júnior da categoria até 49kg pela segunda vez seguida. Ele já havia subido ao degrau mais alto do pódio na Cidade do México, há dois anos. No país centro-asiático, o atleta de 17 anos foi desafiado pelo jordaniano Mohammad Alshnaiti. Lucas liderava com 121kg erguidos, mas viu seu rival superá-lo por 1kg no último levantamento. A resposta não tardou: Lucas obteve um movimento válido com 126kg na barra em sua última chance.

"A competição foi do jeito que gosto, com os atletas muito próximos em termos de marca. Esperava conquistar o bicampeonato e felizmente pude alcançá-lo. Espero continuar evoluindo daqui em diante", disse Lucas, acometido por uma infecção no fêmur da perna direita no nascimento, o que ocasionou má-formação no membro.

Marcos Terentino também sofreu pressão de um de seus rivais na briga pelo ouro. Após registrar levantamentos de 93kg e 95kg nas duas primeiras tentativas, o brasileiro foi ultrapassado pelo cazaque Zakhar Buimov, que posicionou-se à frente com os mesmos 95kg. Marcos, de 20 anos, não intimidou-se e conseguiu os 96kg necessários para assegurar o segundo ouro brasileiro do dia.

"Eu estou muito feliz com a prova que fiz. Agradeço a Deus e aos meus treinadores que me ajudaram a chegar nesta conquista. Consegui a medalha de ouro que mostra que eu estou no caminho certo. É uma luta diária que travamos e essa vitória me deixa contente", disse Marcos, que sofreu paralisia infantil, o que afetou o movimento dos membros inferiores.

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Marcos Terentino também conquistou o ouro, na categoria até 54kg. Foto: Ivo Felipe/CPB

Além deles, outros dois brasileiros estiveram em ação. O mineiro Vinicius Freitas ficou com a medalha de prata na categoria até 80kg. Ele ergueu 116kg e ficou atrás apenas do grego Athanasios Vagenas, que levantou 130kg. Sua conterrânea Lara Aparecida disputou a categoria até 41kg feminina, mas queimou as três tentativas com 73kg na barra.

Na última edição do Mundial, na Cidade do México, em 2017, o Brasil conquistou quatro medalhas. Foram três pódios na competição júnior, com Lucas Manoel (ouro), Mateus de Assis (prata) e Vitor Afonso (bronze). Houve, ainda, o bronze obtido pelo baiano Evânio Rodrigues, na divisão até 88kg, entre os adultos.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)