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Volei

07/07/2019 15h21

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Brasil abre 2 x 0, mas sofre a virada e fica com o vice-campeonato da Liga das Nações

Após contusão da ponteira Natália na segunda parcial, norte-americanas passaram a controlar as ações e venceram a competição no tiebreak
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Seleção americana no pódio: 16 vitórias em 19 jogos na Liga das Nações. Foto: FIVB
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Norte-americanas celebram a conquista do bicampeonato da Liga das Nações. Foto: FIVB
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Equipe chinesa ficou com o terceiro lugar, após bater a Turquia por 3 sets a 1
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Brasileiras tiveram um ótimo início de jogo em Nanquim, mas sofreram a virada. Foto: FIVB
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Gabi ganhou o prêmio pelo destaque individual na competição. Foto: FIVB
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O técnico José Roberto Guimarães durante a partida decisiva, em Nanquim. Foto: FIVB
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Pódio para as melhores jogadoras da Liga da Nações. Foto: FIVB
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Enquanto esteve em quadra, Natália foi uma das líderes da seleção brasileira. Foto: FIVB
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Brasileiras tiveram um ótimo início de jogo em Nanquim, mas sofreram a virada. Foto: FIVB
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A atacante Drews anotou 33 pontos na final. Foto: FIVB
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Parecia uma repetição da partida semifinal contra a Turquia. A seleção feminina de vôlei apresentou grande poder ofensivo, um poder de concentração digno de partidas decisivas e muita intensidade no sistema de bloqueio, defesa e contra-ataques. Venceu o primeiro set contra os Estados Unidos por 25/20, manteve o ritmo no segundo e, até o placar de 18 x 18, vinha numa capacidade de alternância nas opções ofensivas que deixava a equipe americana sem soluções.

Uma contusão, contudo, mudou a história do jogo final da Liga das Nações, disputado neste domingo, 07.07, em Nanquim, na China. A ponteira Natália sentiu uma lesão na coxa esquerda e precisou sair. A partir daí, o Brasil teve de se reinventar, mas viu as adversárias crescerem. A seleção conseguiu ainda fechar a segunda parcial em 25 x 22, mas não achou alternativas para suprir a previsibilidade do ataque, que ficou concentrado em Gabi.

"Estou muito orgulhosa do quanto fomos capazes de fazer uma série de boas mudanças ao longo da partida. Estar perdendo por 0 x 2 é complicado, mas ao mesmo tempo nos traz a sensação de 'agora ou nunca'"
Andrea Drews, maior pontuadora da final, com 33 pontos

Com isso, as americanas venceram as três parciais seguintes, em 25 x 15, 25 x 22 e 15 x 13 no tiebreak, para conquistarem pela segunda vez consecutiva o título da competição que reúne as 16 melhores seleções do cenário internacional. A atacante canhota Andrea Drews foi a principal pontuadora do confronto, com 33 pontos anotados nas 2h19min de jogo.

"Estou muito orgulhosa do quanto fomos capazes de fazer uma série de boas mudanças ao longo da partida e conseguir sair com uma vitória. Estar perdendo por 0 x 2 é realmente complicado, mas ao mesmo tempo nos traz a sensação de 'agora ou nunca'", celebrou a americana. No lado brasileiro, três atletas saíram com dígitos duplos na pontuação. Gabi e Lorenne acumularam 20 pontos, enquanto a central Mara somou 15.

Mesmo desfalcada e sob pressão, a renovada seleção feminina mostrou boas alternativas e vendeu muito caro o título. Lorenne e Tainara, duas atletas da nova safra, tiveram boa apresentação. A líbero Léia fez com que os torcedores pudessem até se esquecer que tinham há até bem pouco tempo uma craque na posição, que atendia por Fabi.

No tiebreak, o lance que definiu o jogo veio numa revisão pelo "VAR" na versão do vôlei. Com o placar em 13 x 14, a defesa brasileira conseguiu pegar um forte ataque americano para buscar a igualdade, mas na tentativa de bloqueio a central Carol resvalou a mão direita na antena. A irregularidade decretou o título e a festa americana. 

Na média das campanhas, a conquista fez justiça à melhor campanha das norte-americanas ao longo do torneio. Somando as 15 partidas da fase de classificação, disputadas em três continentes, e as quatro da etapa final, em Nanquim, os Estados Unidos somaram 16 vitórias em 19 confrontos, contra 13 triunfos das brasileiras. No confronto direto, a final foi o tira-teima. Na primeira fase, as brasileiras levaram a melhor em Lincoln, nos EUA, e venceram por 3 a 1. Na fase final, as duas equipes se enfrentaram novamente, já classificadas para a semifinal, e os EUA deram o troco: 3 x 1. 

Pré-Olímpico

Na perspectiva da comissão técnica brasileira, a principal função da Liga das Nações era dar consistência, rodagem e entrosamento para a equipe com olhos em outra competição. O Pré-Olímpico é visto como o torneio mais estratégico do calendário de 2019. A seletiva será disputada no Brasil, em Uberlândia (MG), de 1 a 3 de agosto. A Seleção Feminina está no Grupo D, ao lado de Camarões, Azerbaijão e República Dominicana. As equipes se enfrentam em turno único. A campeã garante vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Veteranas integradas

No fim de junho, a comissão técnica chamou mais três atletas veteranas para ajudar a seleção na reta final de preparação para o Pré-Olímpico, enquanto o restante da equipe disputa a fase final da Liga das Nações. A central Fabiana e a líbero Suelen, que disputaram a última temporada pelo Praia Clube (MG), foram convocadas, enquanto a oposto Sheilla, contratada pelo Minas (MG) para a próxima temporada, foi convidada para se juntar ao grupo nas atividades. Fabiana e Sheilla defenderam a seleção pela última vez nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, enquanto Suelen representou o país no Mundial de 2018, no Japão.

LIGA DAS NAÇÕES 2019

Brasília (Brasil)
21.05 – Brasil 3 x 0 China (25/15, 25/21 e 25/21)
22.05 – Brasil 1 x 3 República Dominicana (22/25, 20/25, 25/22 e 26/28)
23.05 – Brasil 3 x 0 Rússia (25/17, 25/17 e 25/14)

Apeldoorn (Holanda)
28.05 – Brasil 3 x 2 Holanda (21/25, 30/28, 25/20, 18/25 e 15/11)
29.05 – Brasil 2 x 3 Polônia (20/25, 22/25, 28/26, 25/18 e 9/15)
30.05 – Brasil 3 x 0 Bulgária (25/18, 25/23 e 25/18)

Lincoln (Estados Unidos)
04.06 – Brasil 2 x 3 Alemanha (25/21, 29/31, 25/21, 20/25 e 13/15)
05.06 – Brasil 3 x 0 Coreia do Sul (25/17, 25/16 e 25/11)
06.06 – Brasil 3 x 1 Estados Unidos (25/19, 25/17, 22/25 e 25/20)

Tóquio (Japão)
11.06 – Brasil 3 x 1 Japão (25/17, 25/19, 20/25 e 25/22)
12.06 – Brasil 3 x 0 Tailândia (25/19, 2517 e 25/21)
13.06 – Brasil 3 x 0 Servia (25/23, 25/21 e 25/15)

Ancara (Turquia)
18.06 – Brasil 3 x 0 Itália (25/21, 25/20 e 25/23)
19.06 – Brasil 3 x 0 Bélgica (25/23, 25/15 e 25/18)
20.06 – Brasil 2 x 3 Turquia (23/25, 26/24, 20/25, 25/23 e 14/16)

Fase Final – Nanquim (China)
04.07 – Brasil 3 x 2 Polônia (22/25, 25/21, 22/25, 25/19 e 15/10)
05.07 – Brasil 1 x 3 Estados Unidos (18/25, 19/25, 25/20 e 21/25)

Semifinal
06.07 – Brasil 3 x 0 Turquia (25/23, 25/15 e 25/10)

Final
07.07 – Brasil 2 x 3 Estados Unidos (20/25, 22/25, 25/15, 25/21 e 15/13)

Gustavo Cunha - rededoesporte.gov.br, com informações da CBV