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14/09/2016 13h54

Premiação

Coquetel na Casa Brasil promove livros de cultura negra

Prêmio Oliveira Silveira selecionou cinco obras de temática afro-brasileira. Evento incluiu também exposição na Fundição Progresso

Foto: Rafael Azeredo / Casa Brasil
Foto: Rafael Azeredo / Casa Brasil

Um coquetel na Casa Brasil marcou o lançamento dos cinco romances vencedores do Prêmio Oliveira Silveira, cujo objetivo é promover a cultura afro-brasileira. O evento, realizado na noite de terça (13), foi realizado pela Fundação Cultural Palmares e pelo Ministério da Cultura. Os romances contemplados nesta edição foram: Água de Barrela, de Eliana Alves dos Santos Cruz (o grande vencedor do prêmio), Haussá 1815 – Comarca das Alagoas, de Júlio César Farias de Andrade, Sobre as vitórias que a história não conta, de André Luís Soares, Sina traçada, de Custódia Wolney e Sessenta e seis elos, de Luiz Eduardo Carvalho.

Erivaldo Oliveira, presidente da Fundação Palmares, ressaltou a importância de iniciativas como essa para registrar a história do povo negro. "Vamos fazer lançamentos nos Brasil inteiro para promover as obras. A cultura do nosso povo está muito presa à oralidade. A gente precisa cada vez mais escrever livros, fazer filmes, contar nossos fazeres e solidificar a história da cultura negra na formação do povo brasileiro. A partir desse prêmio, vamos instituir na Fundação Palmares um conselho editorial, para estar sempre divulgando livros sobre nossos conhecimentos", explicou Oliveira.

Uma comissão formada por oito professores de Literatura e Letras foi criada para selecionar os livros. Eliana Alves dos Santos Cruz, uma das vencedoras, fez um discurso emocionado na premiação. "Meu livro trata da minha história pessoal, da minha ancestralidade. Foi um processo doloroso, por um lado, e redentor, por outro. À medida que eu mergulhava no meu passado, conversando com minhas tias, ia resgatando coisas de dentro de mim e explicando muito da minha existência. Consegui preencher uma lacuna que muitos de nós temos, o 'da onde nós viemos e para onde nós vamos'. Hoje eu tenho essa resposta para dar para meus filhos, e isso não tem preço", ressaltou.

Após os discursos de agradecimento, os autores realizaram uma concorrida sessão de autógrafos. Depois do coquetel, vans levaram os convidados para a Fundição Progresso para ver a exposição Raízes, da artista e fotógrafa Sophia Costa. As fotos homenageiam as mulheres da história, tenham sido elas pessoas reais – guerreiras, como Dandara do Quilombo dos Palmares, ou rainhas africanas que estiveram à frente de dinastias – representações mitológicas ou orixás. Os cabelos nos mais variados penteados e estilos apresentados nas fotos mostram a versatilidade do cabelo afro e como ele pode fortalecer a identidade da mulher negra.

» A exposição Raízes estará, em 24 de setembro, em Berlim, na Alemanha

"A mostra é voltada para o empoderamento da mulher negra. São 12 fotografias, quatro deusas, quatro rainhas e quatro guerreiras. É a primeira vez que a exposição sai de Brasília. Estou muito feliz com a vinda para o Rio, dá mais visibilidade. A mostra será exibida também em Berlim, na Alemanha, no dia 24 de setembro, em um instituto voltado para o empoderamento de mulheres", completa.

Equipe Casa Brasil